Nem sempre a vida segue como a gente planeja. Que o diga o professor Carlos Magno, de 64 anos, que está recomeçando sua história com apoio da rede de assistência social de Maricá.
Carlos vive hoje em um dos polos do abrigo municipal, em Itaipuaçu, e encara a fase atual com coragem e esperança. Formado em biblioteconomia e informática, ele trabalhou como servidor público por anos. Mas, após uma série de dificuldades, ficou desempregado e acabou vivendo nas ruas por um tempo.
“Fiz algumas escolhas erradas e me vi sem um lar. Tenho três filhos, mas não quero depender deles. Preciso me reerguer por conta própria”, contou.
Foi com a orientação de assistentes sociais que Carlos chegou ao abrigo. Lá, encontrou muito mais do que um teto e comida: teve acesso a atendimento psicológico, odontológico, atividades diárias e até encaminhamento para o mercado de trabalho.
“Não quero ficar aqui para sempre. Estou focado em conseguir um emprego e conquistar meu espaço novamente. Quero minha casa, minha independência”, disse.
E ele já está no caminho: realizou uma entrevista de emprego e aguarda o resultado. A coordenadora do abrigo, Monique Barreto, explica que o objetivo do espaço é oferecer suporte real para quem precisa retomar o controle da vida.
“Queremos muito mais do que acolher. A missão é capacitar, orientar e abrir portas para novas oportunidades.”
Carlos encerra com uma mensagem forte:
“Meu maior sonho não é um desejo distante. É uma missão: voltar a ter uma vida normal. Um emprego, um lar, ser reconhecido. Às vezes, nos tornamos invisíveis, e ser visto de novo… tem um valor imenso. Gratidão por cada oportunidade!”