Carlos José de França foi condenado a 33 anos de prisão pelo assassinato da trapezista argentina Florencia Aranguren, ocorrido em dezembro de 2023, em Armação dos Búzios, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. O julgamento foi realizado na noite desta quinta-feira (10), no Fórum da Comarca de Búzios.
Durante o julgamento, o Ministério Público apresentou provas técnicas que comprovaram a autoria do crime. Foram encontrados vestígios de sangue nas roupas do réu e material genético sob as unhas da vítima, indicando que ela tentou se defender. O acusado também apresentava arranhões compatíveis com marcas de unhas humanas, reforçando a tese da luta corporal.
O júri popular entendeu que o crime foi cometido com extrema violência, sem qualquer possibilidade de defesa por parte da vítima. Além da pena de reclusão, o réu deverá pagar indenização de R$ 50 mil à família da jovem.
Familiares e amigos de Florencia vieram de Buenos Aires, na Argentina, para acompanhar o julgamento. Antes da sessão, foram recebidos por representantes do Ministério Público, que explicaram o funcionamento do Tribunal do Júri e asseguraram o respeito aos seus direitos durante o processo.
A condenação foi resultado da atuação do Grupo de Atuação Especializada em Tribunal do Júri do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaejuri/MPRJ).
A promotora Simone Sibilio, coordenadora do grupo, classificou a condenação como uma resposta firme da Justiça.
“A pena aplicada representa uma resposta penal justa ao acusado e à sociedade de Búzios, que sentiu profundamente os impactos desse crime bárbaro”, afirmou.
O crime
Florencia Aranguren foi assassinada três dias após chegar a Búzios, em dezembro do ano passado. A trapezista fazia uma trilha em direção à praia de José Gonçalves quando foi atacada por Carlos, que a atingiu com 18 facadas. O corpo foi encontrado por guardas municipais.
Segundo testemunhas, o acusado permaneceu no local com aparente frieza, sendo preso pouco tempo depois. As provas reunidas durante a investigação permitiram à Justiça concluir pela autoria e brutalidade do crime.