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Polícia Civil deflagra operação contra grupo que disseminava crimes de ódio e aliciava crianças na internet

Foto: Reprodução

A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta terça-feira (15), a Operação Adolescência Segura, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. A investigação revelou uma rede criminosa que praticava diversos delitos pela internet, como tentativa de homicídio, induzimento ao suicídio, divulgação de pornografia infantil, apologia ao nazismo, maus-tratos a animais, entre outros.

Até o momento, dois homens foram presos e dois adolescentes apreendidos. A ação é coordenada pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav), com apoio de policiais civis de sete estados e do CyberLab da Secretaria Nacional de Segurança Pública.

Investigação começou após ataque brutal no Rio

As investigações tiveram início em 18 de fevereiro, após um crime chocante no bairro do Pechincha, Zona Oeste do Rio. Um adolescente de 17 anos lançou dois coquetéis molotov contra um homem em situação de rua, que teve 70% do corpo queimado. O ataque foi filmado e transmitido ao vivo por um militar, que também foi detido.

A apuração revelou que o crime não foi um caso isolado. De acordo com os investigadores, os autores faziam parte de uma organização criminosa estruturada, que operava em servidores online voltados à disseminação de ódio e à prática de crimes contra menores.

Grupo aliciava vítimas em idade escolar

Segundo a Polícia Civil, os criminosos atuavam em múltiplas plataformas digitais, utilizando técnicas de manipulação psicológica e aliciamento de crianças e adolescentes, principalmente em idade escolar. O material reunido aponta para uma atuação coordenada e de alto risco à integridade física e mental das vítimas.

O caso também chamou a atenção de duas agências independentes dos Estados Unidos, que contribuíram com as investigações por meio de relatórios técnicos.

Ação em sete estados

Mandados de prisão, busca e apreensão e internação provisória estão sendo cumpridos em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul. A operação segue em andamento para identificar outros membros da quadrilha e desarticular completamente a rede.

A Polícia Civil reforça que a cooperação entre estados e o monitoramento especializado são fundamentais para combater crimes virtuais que atingem diretamente o público infantojuvenil.

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