A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, nesta terça-feira (15), o Projeto de Lei nº 3964/2024, que institui o Dia Estadual do Professor de Jiu-Jitsu. A data será comemorada anualmente em 9 de setembro, em homenagem ao aniversário do ex-lutador José Aldo, ícone das artes marciais no Brasil.
De autoria do deputado Renan Jordy (PL), a proposta visa reconhecer o papel social e educativo dos profissionais da modalidade. “A escolha da data celebra um dos maiores exemplos de superação pelo esporte. José Aldo é multicampeão no jiu-jitsu e referência no UFC, inspirando milhares de jovens com sua trajetória de disciplina e dedicação”, justificou o parlamentar.
Durante a discussão do projeto, Jordy também criticou as dificuldades enfrentadas por esses profissionais para obter registro formal na carteira de trabalho. Segundo ele, a exigência de formação em Educação Física e filiação ao Conselho Regional de Educação Física (CREF) não condiz com a realidade prática da atuação desses mestres. “É como dizer que o Gabriel Medina só pode dar aula de surf se tiver diploma de Educação Física”, comparou.
Apesar de se tratar de uma competência federal, o deputado defendeu a importância de o Parlamento fluminense debater o tema. “Essa é uma profissão de enorme relevância para o país e que transforma vidas, principalmente de jovens em situação de vulnerabilidade social”, afirmou.
A proposta contou com apoio suprapartidário. O deputado Yuri Moura (PSOL), líder do partido na Alerj, elogiou a iniciativa e convidou o autor do projeto a integrar a frente parlamentar em defesa dos professores de jiu-jitsu. “Esse é um tema que ultrapassa questões ideológicas, pois tem impacto social significativo”, disse.
O projeto, que também é assinado pelos deputados Dionísio Lins (Progressistas), Sarah Poncio (Solidariedade) e Yuri Moura (PSOL), foi aprovado em segunda discussão e segue agora para sanção ou veto do governador, que tem prazo de 15 dias para decidir.