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terça-feira, abril 22, 2025
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    Documentário vai revelar a trajetória do compositor Fernando Pellon

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    Um documentário vai revelar a trajetória do compositor Fernando Pellon com detalhes da sua criação musical, a partir de uma abordagem audiovisual peculiar da sua obra desde o período em que ele era integrante do coletivo de artistas Malta da Areia, no início dos anos 1980, e lançou o primeiro disco da sua carreira “Cadáver pega fogo durante o velório”, que inspirou a produção do filme. A direção é do escritor, realizador audiovisual, pesquisador e produtor paulistano Fabio Giorgio.

    Em sua pesquisa para a realização do documentário Fabio vem reunindo material de diversas fontes. Conteúdos jornalísticos, entrevistas com antigos parceiros que participaram da concepção e da produção do disco, textos e blogs da internet, com o objetivo de apurar a “recepção e a renovação do público” que segue Fernando Pellon há mais de quatro décadas.
    “Pretendo abordar o grupo de trabalho Malta da Areia, nas figuras de antigos colaboradores como Fatinha Lannes e Tunico Frazão, a imersão musical desde as serestas na casa dos pais de Pellon no Grajaú (bairro da zona norte do Rio), o primeiro parceiro (Arlindo Carlos Silva da Paixão, o Mongol), outros cúmplices musicais, como Paulinho Lêmos e Roberto Bozzetti. E ampliar o olhar, digamos, para as outras facetas do Pellon e correlacioná-las ao trabalho artístico, propriamente. Os contrastes são muito interessantes”, afirmou Fabio Giorgio.

    A direção é do escritor e realizador audiovisual paulistano Fabio Giorgio/Foto/ Fabio Giorgio: Aline Greco        

    O filme deverá ser lançado no segundo semestre de 2025 e o diretor disse que está conduzindo essa produção “motivado por um ímpeto historiográfico e jornalístico, na tentativa de reconstruir o itinerário biográfico e criativo percorrido pelo compositor até a confecção do produto artístico, propriamente, que, mesmo após quatro décadas, permanece fustigando sensibilidades e curiosidades não apenas mórbidas”.
    A história está sendo documentada desde os primeiros passos de Fernando Pellon na arte de compor, com destaque para o seu primeirom disco que há 40 anos se tornou um marco do seu estilo estético transgressor de compor e lidar poeticamente com as mazelas sociais e a morte. Estilo que se assemelha a obras de poetas que ele admira, como Augusto dos Anjos e Décio Pignatari.

    “Precisamente, a efeméride das quatro décadas de carreira do Pellon coincide com o lançamento do disco ‘Cadáver pega fogo durante o velório’, em 1984. E a minha proposta é dissecar os movimentos e ações decisivas para o disco ser viabilizado, afinal, sequer houve shows de lançamento, há poucos documentos de época que registrem os bastidores daquela mobilização e o disco é raramente tocado em rádio”, explicou Fabio.
    Fabio contou que conheceu a produção musical de Fernando Pellon na segunda metade da década de 1980. “Eu jurava que tinha sido em show do Língua de Trapo, mas o Laerte Sarrumor, do próprio Língua, corrigiu a imprecisão da minha memória asseverando que a música ‘Carne no jantar’, a primeira composição do Pellon que conheci, havia sido incluída em show solo dele (Laerte), no final dos (anos) 80”.

    Em 1992, ao localizar o disco “Cadáver pega fogo durante o velório” no acervo da rádio USP-FM, Fabio passou a tocar a gravação da mesma música, com a interpretação do sambista Nadinho da Ilha, no programa “Risco no disco” que ele produzia e apresentava na emissora da universidade paulista ao lado de amigos. Desde então ele vê o trabalho de Fernando Pellon “como inovador na abordagem poética, na temática, política e esteticamente transgressor e clássico nas melodias e roupagem sonora”.“O ‘Cadáver’ é emblemático e registra a gênese de uma persona que Pellon forjou e coexiste com aspectos marcantes de sua vida ‘oficial’: a família, a geologia, a prática religiosa, a vida cultural no Rio”, disse Fabio Giorgio, acrescentando que considera o disco “um patrimônio cultural underground” da música brasileira. “Então, que o filme possa ao menos fustigar novos e mais variados públicos para a fruição, também, dos demais discos. Inegavelmente, potência é o que não falta na obra do Pellon”.

    Com quatro álbuns gravados em estúdio (o último foi “Medula & Osso”, lançado em 2024)Fernando Pellon disse que está muito entusiasmado com a realização do documentário que destaca a sua carreira artística. “É sempre muito bom ter notícia do meu trabalho segundo a perspectiva dos ouvintes. Este é o caso do documentário em elaboração pelo Fábio Giorgio sobre o ‘Cadáver pega fogo durante o velório”, que é uma criação coletiva com vida própria. Será interessante saber por que, na percepção do Fábio, o disco resiste como uma obra atemporal”.

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