A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7% no primeiro trimestre de 2025, o menor índice para esse período desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, iniciada em 2012. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado representa uma queda de 0,9 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2024, quando a taxa era de 7,9%. Até então, o menor índice para o período havia sido registrado em 2014, com 7,2%.
Apesar de uma leve alta sazonal frente ao último trimestre de 2024, quando a taxa era de 6,2%, a coordenadora de pesquisas do IBGE, Adriana Beringuy, ressalta que o mercado de trabalho mantém trajetória positiva. “A taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2025 é inferior a todas registradas nesse mesmo período nos anos anteriores”, destacou.
Menos desempregados e alta na renda
O número de pessoas desempregadas caiu 10,5% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Ao mesmo tempo, o número de trabalhadores com carteira assinada manteve-se estável, em 39,4 milhões, enquanto o total de empregados sem carteira caiu 5,3%, especialmente nos setores de Construção, Serviços Domésticos e Educação.
Entre os setores com crescimento na ocupação, destacam-se:
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Indústria Geral: +431 mil pessoas (+3,3%)
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Comércio e reparação de veículos: +592 mil pessoas (+3,1%)
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Transporte, armazenagem e correio: +253 mil pessoas (+4,4%)
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Informação, comunicação e atividades financeiras: +518 mil pessoas (+4,1%)
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Administração pública, saúde e educação: +713 mil pessoas (+4%)
Rendimento médio bate recorde
O rendimento médio real dos trabalhadores ocupados atingiu R$ 3.410 — o maior já registrado desde 2012. O valor representa alta de 1,2% em relação ao trimestre anterior e de 4% frente ao mesmo período de 2024.
Entre os setores com maiores aumentos salariais, destacam-se:
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Agricultura e pesca: +R$ 111 (+5,5%)
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Construção: +R$ 141 (+5,7%)
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Informação e atividades financeiras: +R$ 189 (+4,1%)
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Administração pública e saúde: +R$ 189 (+4,1%)
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Serviços domésticos: +R$ 45 (+3,6%)
O cenário positivo reforça a recuperação gradual do mercado de trabalho e o avanço da renda dos brasileiros no início de 2025.