Uma operação da Polícia Civil, em parceria com a Secretaria do Ambiente e Saneamento de Arraial do Cabo (SEMAS), resultou na prisão em flagrante de um homem acusado de crimes de maus-tratos contra animais. A ação, batizada de Operação Liberandum, foi realizada na manhã desta terça-feira (29), no bairro Canaã, após denúncias anônimas sobre uma residência em condições alarmantes.
Coordenada pelo delegado Renato Perez, titular da 132ª Delegacia, a operação cumpriu mandado de busca e apreensão em uma casa na Rua Pedro Álvares Cabral. No local, os agentes encontraram cães e gatos vivendo em ambiente insalubre, cercados por fezes e restos de comida em decomposição. Durante a vistoria, os policiais localizaram um freezer contendo sacos plásticos com corpos de cães adultos e filhotes congelados.
Além disso, quatro gatos foram encontrados trancados em um banheiro, cercados por sujeira e alimentos estragados. Substâncias semelhantes a anestésicos de uso odontológico também foram apreendidas, levantando suspeitas sobre outras possíveis infrações.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito atuava como médico cardiologista em um posto de saúde no bairro Sobradinho, em Araruama. Ele foi preso em casa, pouco antes de sair para o trabalho, e permanece detido à disposição da Justiça.
Ao todo, onze animais foram resgatados com vida — seis cães e cinco gatos — e encaminhados para atendimento veterinário. A perícia técnica foi acionada e a residência interditada para investigação.
A ação contou com apoio da equipe de fiscalização da SEMAS, sob coordenação do secretário Pedro Henrique Corrêa, do veterinário Vinicius Fenizola, do Grupamento Operacional Ambiental e Marítimo (GOPAM), além do Programa Estadual de Integração na Segurança (PROEIS), vinculado à Secretaria de Segurança Pública.
De acordo com a Lei nº 14.064/2020, maus-tratos a cães e gatos são puníveis com reclusão de dois a cinco anos, além de multa.
A Prefeitura de Arraial do Cabo reforça que denúncias de crimes ambientais podem ser feitas, de forma anônima, pelo WhatsApp (22) 99936-1255, disponível 24 horas. Também é possível procurar a delegacia mais próxima ou entrar em contato com a Promotoria de Justiça do Meio Ambiente.
A Polícia Civil segue investigando o caso e destaca a importância do apoio da população para coibir crimes contra os animais.
