A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Pessoa com Deficiência e Inclusão, promoveu nesta terça-feira (6) uma capacitação voltada a cerca de 100 profissionais que atuam em equipamentos públicos do município. A ação integra o programa “Abrace a Diferença Capacita”, desenvolvido em parceria com a Subsecretaria de Políticas Inclusivas do Governo do Estado do Rio de Janeiro.
A oficina aconteceu no auditório do Banco Mumbuca, no Centro, e abordou temas como o combate ao capacitismo, a discriminação contra pessoas com deficiência, e a importância de ambientes mais acessíveis e acolhedores. Técnicas de autorregulação emocional e mecanismos de identificação inclusivos, como o uso de crachás descritivos e documentos personalizados, também fizeram parte da programação. A chamada “Lei Maju de Araújo”, que combate o cyberbullying contra pessoas com deficiência, também foi apresentada.
Fortalecendo redes de apoio
O superintendente de Ações para Pessoas com Deficiência do Estado, Geraldo Nogueira, destacou o compromisso de Maricá com os direitos humanos e a inclusão. “Como ativista e pessoa com deficiência, tenho o dever de compartilhar conhecimento. Maricá é uma cidade que se destaca nacionalmente nesse tema e demonstra organização e avanço social”, afirmou.
A secretária municipal Tatiana Castor reforçou que o objetivo é qualificar os profissionais que atuam em estruturas como o CRPI, Sarem 1 e 2, Casa do Autista, Centro de Reabilitação e demais serviços gratuitos voltados à inclusão. “Queremos garantir um atendimento mais acolhedor, sensível e preparado às necessidades específicas da população com deficiência”, declarou.
Para os participantes, a capacitação foi uma oportunidade de reflexão e aprendizado. Monique Marques, servidora da Secretaria, ressaltou a importância do conteúdo abordado. “Nos ajuda a perceber expressões que usamos sem perceber e que podem ser ofensivas. Foi um momento de autoconhecimento”, afirmou.
A estagiária de Serviço Social, Vitória Cardoso, também destacou o impacto da experiência. “Aprendemos como levar esse cuidado além do ambiente profissional, aplicando o respeito e a empatia no convívio social. Isso fortalece a inclusão de verdade.”
Ações permanentes
A Secretaria de Pessoa com Deficiência e Inclusão atua em diferentes frentes, atendendo também outros grupos que enfrentam exclusão social, como negros, indígenas, mulheres, LGBTQIA+, egressos do sistema prisional e pessoas em vulnerabilidade.
Atualmente, a pasta administra oito equipamentos públicos e sete núcleos especializados, com iniciativas como Psicovida, Escritório Social, Equoterapia, Orientação Jurídica, Acolhimento, Busca Ativa e ações de empregabilidade inclusiva.