Com pouco mais de um mês de operação, o programa Crédito do Trabalhador atingiu a marca de R$ 10,1 bilhões em empréstimos consignados aprovados, beneficiando cerca de 1,8 milhão de trabalhadores com carteira assinada em todo o país. A iniciativa permite acesso a crédito com juros mais baixos, com garantia de até 10% do saldo do FGTS.
O crescimento acelerado nos valores liberados foi impulsionado pela possibilidade de migração de dívidas antigas, autorizada desde 25 de abril. Em apenas 11 dias, a medida foi responsável por um acréscimo de R$ 2 bilhões nos empréstimos contratados. A partir de 16 de maio, entra em vigor a portabilidade, permitindo que o trabalhador transfira sua dívida para instituições financeiras que ofereçam taxas de juros mais vantajosas.
De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a proposta contribui para a saúde financeira das famílias. “O programa melhora a qualidade de vida dos trabalhadores, ao oferecer crédito mais barato e reduzir a dependência do cartão de crédito. Mas é fundamental que o trabalhador avalie bem as condições e pesquise as melhores taxas antes de contratar”, afirmou.
Portabilidade: estímulo à concorrência
A portabilidade, adiada de 6 para 16 de maio por decisão conjunta entre o Ministério do Trabalho, Dataprev e instituições financeiras participantes, tem o objetivo de assegurar a correta homologação da funcionalidade. A nova etapa do programa deve fomentar a concorrência entre os bancos, já que os trabalhadores poderão migrar suas dívidas caso encontrem condições mais favoráveis em outras instituições.
“Esse mecanismo pressiona os bancos a oferecerem juros mais baixos, sob o risco de perderem o cliente”, destacou Marinho.
Perfil dos contratos
Segundo dados atualizados em 06 de maio, a média dos empréstimos concedidos é de R$ 5.434,62 por contrato, com parcelas mensais de aproximadamente R$ 327,28 e prazo médio de 17 meses. O Banco do Brasil lidera a concessão de crédito no programa, com R$ 2,7 bilhões emprestados, em sua maioria voltados à quitação de dívidas mais onerosas.
Os estados com maior volume de recursos contratados são:
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São Paulo: R$ 2,6 bilhões
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Minas Gerais: R$ 853,3 milhões
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Rio de Janeiro: R$ 835,8 milhões
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Paraná: R$ 681,4 milhões
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Rio Grande do Sul: R$ 677,1 milhões
O Crédito do Trabalhador já conta com 35 instituições financeiras ativas entre as mais de 70 habilitadas a operar a linha de crédito.
