Mais de 172 mil trabalhadores com carteira assinada no Rio de Janeiro já contrataram empréstimos pelo programa Crédito do Trabalhador, do Governo Federal. Até o dia 7 de maio, o volume de recursos movimentado no estado chegou a R$ 835,81 milhões, com valor médio de R$ 4,7 mil por contrato. A média das parcelas ficou em R$ 301,34.
O programa permite empréstimos consignados com juros mais baixos, utilizando até 10% do FGTS como garantia, o que reduz significativamente os custos das operações. Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, a medida contribui para a saúde financeira das famílias. “É uma alternativa ao crédito rotativo, com taxas mais acessíveis. Mas é importante que o trabalhador avalie as condições e pesquise antes de contratar”, destacou.
Portabilidade entra em vigor no dia 16 de maio
A partir do dia 16, os beneficiários poderão optar pela portabilidade, que permitirá a transferência do crédito para outra instituição financeira com juros mais baixos. A expectativa do governo é aumentar a concorrência entre os bancos e beneficiar diretamente os trabalhadores. Desde 25 de abril, já está em vigor a possibilidade de migração de dívidas anteriores (como CDC e outros consignados), o que adicionou R$ 2 bilhões ao volume de crédito liberado em apenas 12 dias.
Balanço nacional
Desde o lançamento do programa, pouco mais de um mês atrás, 1,8 milhão de celetistas em todo o país já contrataram o Crédito do Trabalhador. O total aprovado ultrapassa R$ 10 bilhões, com média de R$ 5,4 mil por contrato, prestação média de R$ 323,76 e prazo de 17 meses.
Após São Paulo, o Rio de Janeiro aparece como o segundo estado com maior volume de contratações, seguido por Minas Gerais (R$ 853 milhões), Paraná (R$ 681 milhões) e Rio Grande do Sul (R$ 677 milhões).
35 instituições financeiras participam do programa
Atualmente, 35 instituições financeiras integram a iniciativa. O Banco do Brasil lidera os empréstimos concedidos, com R$ 2,7 bilhões liberados, principalmente para quitação de dívidas com juros mais altos.
O programa segue como uma das principais apostas do Governo Federal para oferecer crédito mais acessível aos trabalhadores do setor privado, ao mesmo tempo em que promove maior controle financeiro e incentiva a educação econômica.