Ícone do site GAZETA 24HORAS RIO

Retirada de radares nas Rodovias RJ-106 e RJ-140 gera apreensão mas DER promete equipamentos mais modernos

Curva perigosa na RJ-106 que ficou sem radar/Foto: divulgação

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e o presidente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ), Pedro Henrique de Oliveira Ramos, estão sendo alvo de duras críticas após a retirada de todos os radares de velocidade das rodovias RJ-106 e RJ-140. As vias cortam importantes municípios como São Gonçalo, Maricá, Arraial do Cabo, São Pedro da Aldeia e Cabo Frio.

A remoção dos equipamentos aconteceu após o término do contrato com a empresa responsável pela fiscalização eletrônica. A ausência dos radares, sem um plano de transição ou contingência, gerou revolta entre motoristas, moradores e especialistas, que alertam para o aumento do risco de acidentes, excesso de velocidade, ultrapassagens perigosas e até “rachas” nas vias — que, segundo denúncias, viraram uma verdadeira “terra sem lei”.

Processo de Modernização dos Radares

Em resposta às críticas, o DER-RJ informou que está em processo de modernização dos equipamentos, após o encerramento do contrato com a antiga operadora. A substituição dos radares ocorrerá não apenas nas rodovias RJ-106 e RJ-140, mas também em outras importantes vias estaduais, como a RJ-102, RJ-124 e RJ-138.

Os antigos aparelhos estão sendo removidos e darão lugar a modelos mais modernos, que serão instalados assim que o processo de licitação for concluído. A previsão, no entanto, ainda não foi divulgada oficialmente, o que mantém as rodovias sem fiscalização eletrônica por tempo indeterminado.

Tecnologia Mais Avançada e Monitoramento Inteligente

Os novos radares contarão com tecnologia de reconhecimento óptico de caracteres (OCR), que permite a leitura automática das placas dos veículos. Isso vai possibilitar a identificação rápida de veículos irregulares, além de reforçar o monitoramento do trânsito e a segurança nas vias.

De acordo com o DER, os equipamentos serão reinstalados em pontos estratégicos, definidos com base em estudos técnicos, que levam em consideração o risco de acidentes, o volume de tráfego e a proximidade de áreas sensíveis, como hospitais, escolas e centros urbanos.

População Cobra Soluções Urgentes

Apesar da promessa de modernização, moradores, motoristas e entidades civis seguem cobrando do governo estadual uma solução emergencial para o período em que as rodovias ficarão desprotegidas. As reclamações apontam que a retirada dos radares, sem qualquer medida paliativa, representa negligência com a vida das pessoas que transitam diariamente pelas vias.

Entidades e lideranças locais defendem, como alternativa imediata, o reforço do patrulhamento ostensivo, a utilização de radares móveis ou outras formas de controle de velocidade até que os novos equipamentos sejam instalados.

Sair da versão mobile