Lula afirmou que a COP30 marcará um novo paradigma nas discussões climáticas e será pautada por seriedade e compromisso. Segundo ele, a escolha de Belém como sede é estratégica para expor ao mundo a realidade da Amazônia, onde vivem cerca de 30 milhões de pessoas. “O mundo precisa entender que a preservação do bioma depende de investimentos que nunca foram cumpridos pelos países desenvolvidos”, disse.
O presidente voltou a cobrar uma “governança mundial representativa e com poder de decisão” e criticou a falta de comprometimento dos países ricos com o financiamento climático, cuja dívida ambiental já ultrapassaria 1 trilhão de dólares. “Se tivessem pago antes, a conta seria menor. Agora, é hora de saber quem quer tratar isso com seriedade”, enfatizou.
Lula também destacou os avanços do Brasil na agenda ambiental, como o compromisso de zerar o desmatamento na Amazônia até 2030 e a meta de reduzir as emissões de gases do efeito estufa em até 67% até 2035. Ele defendeu maior articulação com estados e municípios e anunciou investimento de quase R$ 1 bilhão para fortalecer o Ibama.
Após a coletiva, Lula seguiu para Nice, onde participará da Conferência da ONU sobre os Oceanos. Ele lembrou a importância da conservação marinha e criticou o descaso com os ecossistemas costeiros. “O oceano parece imenso, mas tem limites. Um dia, ele se revolta e todos pagamos a conta”, alertou.