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Cidades litorâneas do Estado do Rio de Janeiro mantêm atuais fatias de royalties relativas à exploração de poços marítimos

Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, tem muito o que comemorar. A cidade, juntamente com Búzios e Macaé, bateu o recorde de arrecadação de royalties do petróleo da história, desde o início das operações, em 1999. Os valores consideram os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com a ANP, o município cabista recebeu, até agora, R$ 112 milhões. Dados mostram que essa arrecadação é de cerca de R$ 33 milhões a mais que em 2020, quando o município viu entrar nos cofres cerca de R$ 79 milhões.
Para os próximos anos, o cenário é mais que favorável. Ainda de acordo com estimativa da ANP, ano que vem a arrecadação deve saltar para R$ 316 milhões, o que dá uma média de R$ 26 milhões mensais. Para 2023, a previsão é de uma fatia mensal na casa dos R$ 33 milhões (total de R$ 383 milhões no ano), pulando para uma arrecadação de R$ 491 milhões (R$ 40 milhões mensais) em 2024. O repasse de 2025 foi estimado em R$ 607 milhões, ou seja, cerca de R$ 50 milhões/ mês.

Os dados do Portal da Transparência do Governo Federal, o município de Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro, já recebeu R$1,67 bilhão somente de royalties pela exploração de petróleo neste ano. Os valores são referentes a repasses feitos pelo Governo Federal de janeiro a agosto e o valor pode ultrapassar os R$2 bilhões até o fim de dezembro.

O valor registrado somente nos 8 primeiros meses de 2021 já soma um valor maior do que o recebido por Maricá durante o ano de 2020, quando recebeu R$1,606 bilhão. Comparando com os valores em royalties de petróleo recebidos no ano de 2013, a arrecadação do município aumentou em mais de 10 vezes. Há oito anos Maricá recebeu R$146 milhões em royalties.

Somente no governo do atual prefeito Fabiano Horta, que assumiu em janeiro de 2017, Maricá já recebeu o montante de R$7.051.815.025,32, mais de sete bilhões de reais.

STF bate o martelo: Estado do Rio e municípios fluminenses recebem a maior arrecadação da história dos royalties

Após um conflito federativo de mais de 15 anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) finalmente deu ganho de causa aos estados do Rio de Janeiro e Bahia numa ação cível em que o Espírito Santo tentava redefinir as participações de royalties relativos à exploração de poços petrolíferos marítimos. O prazo do julgamento em plenário começou no último dia 15, com a apresentação do relatório da ministra Rosa Weber, e terminou às 23h59 desta sexta-feira, com os votos dos outros nove ministros já computados no sistema do STF. Todos os ministros entenderam que não cabe o aumento da fatia ao Espírito Santo em detrimento dos outros dois estados interessados.

A alegação do Estado do Espírito Santo era de que os limites territoriais da sua área de influência sobre a plataforma continental não tinham sido traçados de forma adequada pelo IBGE, que é o órgão responsável legalmente por fazer essa delimitações espaciais. Segundo essa tese, teria ocorrido uma suposta omissão do instituto quando não considerou, como “ponto apropriado” para o cálculo, uma saliência na altura da Foz do Rio Doce (município capixaba de Linhares). A ministra Rosa Weber discordou, alegando que o IBGE tem “discricionariedade técnica, não cabendo ao Judiciário interferir nos critérios adotados”.

Fonte: O Dia

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