O prefeito Eduardo Paes sancionou nesta sexta-feira (16) a lei que estabelece o Programa de Despoluição Eólica Socioambiental do Município do Rio. Essa iniciativa determina que a recuperação do sistema hídrico da cidade seja realizada por meio da instalação de cataventos com dispositivos de filtragem de água. Além disso, o programa oferecerá oportunidades de trabalho para cooperativas de catadores de resíduos ou organizações da sociedade civil que visam o aproveitamento econômico de materiais recicláveis.
Segundo o vereador Dr. Rogerio Amorim (PTB), um dos autores do projeto em conjunto com Cesar Maia (PSDB) e Dr. Carlos Eduardo (PDT), o programa utiliza a força natural para despoluir lagoas e rios. O sistema autolimpante dos cataventos permite que funcionem sem interrupção, dia e noite, sem depender de energia elétrica ou solar, resultando em uma operação de baixo custo.
Para o biólogo Mario Moscatelli, qualquer proposta que busque reverter décadas de negligência que prejudicaram os ecossistemas na cidade do Rio, especialmente em relação à água, é extremamente bem-vinda. Ele enfatiza a importância de articular todas essas ações para alcançar o resultado desejado, que é a melhoria da qualidade ambiental e da água.
Moscatelli ressalta que é necessário agir nas consequências, dado que abusamos do meio ambiente na cidade, mas a fonte de grande parte da degradação é o crescimento urbano desordenado. Ele destaca a necessidade de políticas habitacionais eficazes e permanentes por parte do poder público, bem como uma fiscalização rigorosa para evitar a ampliação de novas áreas.
Além disso, a lei também prevê a realização de passeios ecológicos por meio de balsas, com o objetivo de promover o projeto e orientar alunos das redes pública e privada sobre a preservação ambiental. Todos os termos do projeto estão condicionados à obtenção de licenças ambientais junto aos órgãos responsáveis, e os recursos serão provenientes de parcerias público-privadas.