Policiais que participam da terceira fase da Operação Maré — Foto: Philippe Lima/Divulgação
As forças estaduais de segurança iniciaram, nesta quarta-feira, a terceira fase da Operação Maré. Equipes das polícias Civil e Militar atuam em cinco pontos do Complexo da Maré, no Complexo do Chapadão, na Cidade Alta e na Favela Cinco Bocas, todas na Zona Norte da capital, e no Morro do Pica Pau, na Zona Oeste. De acordo com o governo estadual, esta etapa mira prender criminosos que fugiram da Maré para outras comunidades, cumprir mandados de prisão e retomar de territórios ocupados pelo crime organizado.
Cinco pessoas foram presas no Complexo do Chapadão. Houve apreensão de cinco fuzis — um na Cidade Alta e quatro no Chapadão.
— Nossa maior ação de combate às máfias com uso de tecnologia, aliada à inteligência e à investigação, está com resultados positivos. Até ontem, já causamos um prejuízo de pelo menos R$ 18 milhões às facções criminosas. Estamos libertando os moradores da ação do tráfico e da milícia. Isso é o mais importante — afirmou o governador Cláudio Castro.
De acordo com o secretário da Polícia Militar, coronel Luiz Henrique Pires, foi o trabalho do sistema de inteligência do estado e monitoramos que descobriram os deslocamentos de bandidos da Maré para outras regiões. Por isso, de acordo com ele, as ações foram ampliadas para outras regiões:
— Ontem (terça-feira), com o trabalho de monitoramento em Anchieta apreendemos quatro fuzis e cinco elementos também ligados à Maré. Agora, temos um trabalho de inteligência mais forte, para entender para onde se deslocaram a partir do momento que começamos a efetuar as operações no Complexo da Maré.
No Complexo da Maré, as comunidades da Vila do João, Vila do Pinheiros, Timbau, Baixa do Sapateiro e Salsa e Merengue, continuam sendo alvo das operações.
A primeira fase da Operação Maré teve como foco a maior fação criminosa do Rio, envolvida nas mortes de três médicos num quiosque na Barra da Tijuca, na Zona Oeste. A segunda mirou uma facção rival, que mantinha um centro de treinamento numa área de lazer no Parque União, descoberto pela polícia após dois anos de investigação.
Fonte: EXTRA