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    Com sensação térmica passando de 58ºC, alunos sofrem sem ar condicionado em escolas do Rio

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    Com a intensificação da onda de calor, que atingiu uma sensação térmica recorde de 58,3ºC, estudantes de escolas municipais e estaduais no Rio enfrentam dificuldades devido à ausência de sistemas de ar condicionado nas salas de aula. Nesta terça-feira (14), equipes de O DIA visitaram a Escola Municipal Londres, no Engenho de Dentro, Zona Norte, onde responsáveis manifestaram preocupações em relação ao desconforto térmico enfrentado pelas crianças.

    À entrada da escola, Iolanda da Costa, 45 anos, mãe de João Miguel da Costa Santos, de 8 anos, compartilhou as dificuldades enfrentadas pelo filho devido à falta de ar condicionado. “Não conseguimos concluir os trabalhos porque o ar condicionado está fora de serviço. Minha professora até pediu para procurarmos alguém da família que saiba consertar ar. Ficamos com muito calor e temos que ligar 3 ventiladores. O ar só funciona até 9h, depois desligamos porque para de funcionar e fica piscando. Chegamos até a ter medo de que ele exploda”, relatou o pequeno.

    Kaytte Carlos Pereira, 34 anos, acompanhada da filha de 9 anos e da sobrinha de 8, explicou que a escola alega problemas no disjuntor como causa da falha no ar condicionado. Isso leva as crianças a adotarem um esquema de rodízio entre as salas que possuem o aparelho em funcionamento. “Há 4 anos esse ar condicionado apresenta problemas. Nessa época do ano, precisam fazer rodízio para aproveitar os aparelhos que estão funcionando. Minha filha tem muitas alergias, ela volta para casa com as bochechas vermelhas. Todo verão é assim! Ela estuda em uma sala com quase 40 alunos, com um ventilador direcionado para baixo e dois para o teto”, lamentou.

    Kaytte também mencionou ter buscado a filha mais cedo na escola devido ao calor e relatou suas tentativas de contato com a Prefeitura do Rio, sem sucesso em encontrar uma solução para o problema.

    O casal Adilson Almeida, 57 anos, e Elivania Fiaux, 41, destacou que a sala de recursos, destinada a alunos com necessidades especiais, também enfrenta problemas no ar condicionado. “Meu filho não está aguentando, estou aqui esperando ele ir para a sala de recursos, mas ele não quer ficar. Ontem ele chegou a evacuar nas calças, tive que ir embora com ele. O ventilador não resolve! Ontem, acredito que ele ficou desidratado de tanto calor. Ele reclama muito, pede para ir embora, não está suportando esse calor”, lamentou o pai.

    Ele afirmou ter entrado em contato com a Prefeitura do Rio para reclamar, mas não obteve sucesso em encontrar uma solução.

    Outros responsáveis também relatam problemas com ar condicionado em escolas estaduais, como o Ciep Leonel de Moura Brizola, em Ramos, também na Zona Norte.

    A Secretaria de Estado de Educação afirmou que todas as medidas estão sendo tomadas para solucionar a questão, incluindo a possibilidade de um projeto de aumento de carga na unidade, sujeito a aprovação da distribuidora de energia, a fim de evitar riscos de sobrecarga.

    O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) informou que recebeu mais de 540 denúncias em menos de 24 horas, incluindo escolas sem qualquer sistema de climatização.

    Procurada, a Secretaria Municipal de Educação ainda não se manifestou sobre as condições térmicas nas salas de aula devido à falta de ar condicionado.

    Além disso, problemas relacionados à falta de luz e água atingiram bairros da Zona Norte. A Light informou sobre a falta de energia em alguns pontos da Ilha do Governador, Olaria e Cordovil, solucionada posteriormente. Na Rocinha, houve sobrecarga devido a furtos de energia elétrica, sendo restabelecida para a maioria dos clientes.

    A Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) adiou a manutenção programada no Sistema Guandu devido à onda de calor. No entanto, alguns bairros ainda enfrentam falta de água, com a produção reduzida em locais como Olaria, São Cristóvão e Engenho da Rainha. Moradores em São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Ilha de Paquetá também relataram redução na produção de água, sendo que a Cedae está trabalhando para normalizar o serviço gradualmente.

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