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    Empresas são multadas por descarte ilegal de resíduos em área controlada pelo tráfico

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    Três empresas investigadas por envolvimento no descarte irregular de resíduos em um aterro clandestino no bairro Caju, na Zona Portuária do Rio, foram autuadas pela Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb). A ação integra a Operação Expurgo, deflagrada nesta quarta-feira (9), e aponta um prejuízo ambiental estimado em R$ 5 milhões.

    Segundo as investigações conduzidas pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), funcionários da empresa Ciclus Ambiental, que possui contrato com a Prefeitura do Rio, teriam desviado equipamentos e viaturas para auxiliar no funcionamento de lixões ilegais em áreas dominadas por facções criminosas. A Ciclus é responsável pelo transporte de resíduos da estação de transbordo do Caju até o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR-Rio), em Seropédica.

    A Comlurb afirmou ter comprovado o uso indevido de recursos vinculados ao contrato público e aplicou uma multa de R$ 160 mil à concessionária. A penalidade será publicada no Diário Oficial do Município. Outras duas empresas — Joka Retirada de Entulhos e Eletro Ferragens Conde de Bonfim Eireli — também foram multadas, cada uma no valor de R$ 117 mil, e tiveram seus credenciamentos suspensos por 90 dias.

    Além da multa, o descredenciamento impede ambas as companhias de realizar novos serviços de transporte de resíduos no período. Elas serão autuadas por realizar descarte em locais não licenciados, infringindo normas ambientais e oferecendo risco à saúde pública.

    A Comlurb informou ainda que outras empresas envolvidas no esquema — sem credenciamento junto ao município — também serão responsabilizadas. Até o momento, dez companhias reincidentes foram identificadas pela Polícia Civil.

    Operação Expurgo: ligação entre crime ambiental e tráfico

    Durante a operação conjunta entre a DPMA e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão. Quatro pessoas foram presas, três delas com fuzis. A polícia aponta que criminosos e empresários utilizavam uma área da comunidade Parque Alegria, no Caju, para o descarte de entulhos.

    Os resíduos vêm sendo utilizados para o aterro ilegal da região, causando impactos ambientais severos, como contaminação do lençol freático e destruição de áreas de manguezal. Parte do material também está sendo empregada para expandir o território da comunidade, favorecendo a ocupação irregular.

    De acordo com o inquérito, as facções passaram a cobrar taxas para autorizar o descarte, transformando a prática em uma nova fonte de receita. As empresas, por sua vez, teriam optado por pagar valores mais baixos aos criminosos, evitando os custos regulares cobrados pelos centros licenciados da Prefeitura.

    Posicionamento das empresas

    Procurada, a Ciclus Ambiental afirmou que ainda não foi notificada oficialmente sobre a operação, mas se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. Em nota, a empresa declarou que repudia qualquer prática ilegal, preza pela ética e transparência em suas operações e que “será a maior interessada na responsabilização de envolvidos, caso confirmados desvios ou condutas indevidas”.

    As demais empresas citadas não haviam se manifestado até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para posicionamento.

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