A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (16), uma nova fase da Operação Teatro Invisível, que apura a atuação de uma organização criminosa envolvida em lavagem de dinheiro, fraudes em licitações, caixa dois eleitoral e obstrução da Justiça. Segundo a PF, o grupo causou prejuízos bilionários aos cofres públicos e atuou para beneficiar candidatos nas eleições de 2024.
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 3,5 bilhões dos investigados e a suspensão das atividades de oito empresas envolvidas no esquema. Durante a operação, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos nos municípios de Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba, São João de Meriti, Rio de Janeiro e em Juiz de Fora (MG).
De acordo com as investigações, as empresas ligadas aos suspeitos manipularam processos licitatórios em pelo menos quatro cidades do estado do Rio de Janeiro. A PF identificou ainda um esquema de lavagem de dinheiro, que envolvia o uso de contas de passagem, circulação de valores em espécie e compra de bens de alto valor para ocultar a origem ilícita dos recursos.
A corporação informou que houve tentativas de destruição de provas digitais e o uso de recursos não declarados para influenciar o pleito eleitoral do ano passado.
Caso condenados, os envolvidos poderão cumprir penas que somam até 27 anos de prisão. As investigações seguem em andamento.